Série heróis da humanidade - hoje Osvaldo Cruz
OSWALDO CRUZ
TUDO PELA SAÚDE
1872-1917
Um médico tímido, de poucas palavras, viciado em trabalho,
enfrentou o ódio de uma cidade para erradicar a peste bubônica e a febre
amarela. E inaugurou a pesquisa científica no Brasil.
Em 1902, quando o paulista
Francisco de Paula Rodrigues Alves tomou posse como presidente dos Estados
Unidos do Brasil, a capital do país o Rio de Janeiro, não era propriamente uma
cidade maravilhosa. As ruas sem calçamento, os cortiços, os esgotos lançados a
céu aberto, as poças de água estagnada cheias de insetos — tudo isso castigava
os 700 mil cariocas com surtos epidêmicos de peste bubônica, varíola e febre
amarela. Só a febre mataria naquele ano quase mil pessoas. Não surpreende,
portanto, que logo ao se instalar no Palácio do Catete, sede do governo,
Rodrigues Alves partisse para cumprir a principal meta que se fixara: a reforma
sanitária e urbana da cidade.
Para cuidar da
reurbanização, Rodrigues Alves nomeou prefeito o engenheiro Pereira Passos. Para
cuidar da reforma sanitária, seu ministro do Interior. J.J. Seabra, indicou-lhe
um certo Oswaldo Cruz. "Mas quem é esse Oswaldo Cruz?", perguntou o
presidente. Nem Seabra, porém, o conhecia pessoalmente. O nome fora recomendado
pelo médico particular do ministro, Egídio de Sales Guerra, que sabia do
trabalho como bacteriologista de Oswaldo Gonçalves Cruz, um jovem colega de 30
anos, que dirigia o Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro. Primeiro brasileiro a estudar no Instituto
Pasteur, em Paris, especializou-se em Microbiologia, sua paixão desde que,
apenas aos 15 anos, entrara no curso de Medicina da Faculdade Nacional do Rio
de Janeiro, em 1988, o Instituto Pasteur associava teorias e prática a fim de
resolver problemas de saúde, produzindo as vacinas para prevenir doenças, como
a raiva, por exemplo.
No fim do século XIX, ao
se descobrir que certas moléstias eram causadas por microorganismos, as
atenções dos pesquisadores se voltaram para a Bacteriologia. Quando Oswaldo
Cruz chegou ao Pasteur tomou contato com as novas técnicas de produção de soros
e vacinas — daí especializou - se em soroterapia. A dedicação ao trabalho não impedia
o pesquisador brasileiro de aprender em Paris a apreciar as artes, como os
poemas de Charles Baudelaire, o célebre autor de As flores do mal.

O barão de Pedro Afonso,
diretor do Instituto Vacínico, pediu ao bacteriologista Émile Roux (1853 -
1933), diretor do Instituto Pasteur, que lhe mandasse de Paris um especialista
capaz de levar o trabalho adiante. Para surpresa do barão, Roux, o descobridor
do soro antidiftérico, respondeu que o melhor especialista já estava no Brasil
— era Oswaldo Cruz. Em julho de 1900, em duas casinhas de uma fazenda da
prefeitura em Manguinhos, na zona norte do Rio, começava a funcionar o Instituto
Soroterápico. Meio ano depois já se produziam ali o soro e a vacina contra a
peste. Era um grupo restrito de pesquisadores, entre eles o estudante de
Medicina Ezequiel Dias, indicado por um amigo de Oswaldo Cruz.
"O senhor conhece
alguma coisa de Bacteriologia?", perguntou-lhe o cientista. Ezequiel,
embora precisasse muito do emprego, respondeu que não. Oswaldo Cruz sorriu:
"Pois está muito bem. Essa é uma das condições que exijo". Tempos
depois, explicaria por quê: "É muito simples. Se você soubesse alguma
coisa da matéria, devia ser muito pouco, o que só serviria para torná-lo
presunçoso e dificultar seu aprendizado. Eu prefiro certos ignorantes".
As condições de trabalho
devem ter-lhe dado saudade do Instituto Pasteur. Para chegar a Manguinhos ou se
tomava o único trem diário no centro do Rio — uma viagem que demorava 40
minutos com uma baldeação — ou se precisava caminhar 9 quilômetros ,
debaixo de sol, naturalmente. A outra alternativa — ir de charrete — não devia
ser lá muito confortável, dada a buraqueira dos caminhos no Rio do início do
século. Apesar das dificuldades, Oswaldo Cruz empenhou-se em fazer do
laboratório um centro de pesquisas, destinado a formar especialistas em doenças
tropicais, que viria a ser a primeira escola de Biologia e Medicina
Experimental do Brasil. Assim já em 1903 começou a construção de um edifício de
cinco andares — em estilo mourisco, por escolha do próprio Oswaldo. O prédio,
que se avista ainda hoje da avenida Brasil, na entrada do Rio, foi inaugurado
em 1910. Desde 1908, já se chamava Instituto Oswaldo Cruz.
Nervoso, hipertenso,
Oswaldo Cruz era viciado em
trabalho. Desde os tempos de Paris, acostumara-se a varar
noites estudando. Certa vez, escrevendo ao amigo Sales Guerra, pediu que não se
preocupasse com suas "lamúrias": "Habituei-me a explorar isto a
que por eufemismo chamo neurastenia. O que preciso é de trabalho". De
estatura mediana, atarracado, olhos negros e vasto bigode, era homem de poucas
palavras — isso, numa época em que, nas elites, a oratória era essencial à
figura masculina, da mesma forma que o fraque, o chapéu coco, o bigode e um
título de doutor, fosse em Direito ou em Medicina.
Oswaldo, fiel a sua
timidez, não gostava de homenagens e discursos. Por isso, quando o novo prédio
de Manguinhos foi inaugurado, não houve sequer placa comemorativa. Eleito, em
1912, para a Academia Brasileira de Letras, tendo aceito a candidatura por
muita insistência de amigos, pode-se supor que o inevitável discurso de posse e
o não menos obrigatório fardão representaram para ele um autêntico sacrifício.
Como diretor da Saúde Pública do governo
federal, Oswaldo Cruz viria a ser a figura mais controvertida do país. O
fundador da pesquisa científica no Brasil há de ter sofrido com tanta fama. Já
na Faculdade, a timidez o prejudicara. Embora assíduo e estudioso, não foi um
aluno destacado; quase não falava. Nas provas orais, atrapalhava-se, tropeçava
nas palavras e raramente conseguia mostrar o que sabia. O interesse pela
Medicina ele herdou, com certeza, do pai, o médico carioca Bento Gonçalves Cruz
que durante alguns anos foi clinicar na pacata São Luis do Paraitinga, em
São Paulo. Ali , em 1872,
nasceu Oswaldo, o primeiro e único filho homem dos seis filhos do casal Bento e
Amália.
Em 1877, o doutor Bento
voltou ao Rio e montou uma clínica na Gávea. Nessa época, Oswaldo já aprendera
com a mãe a ler, escrever e arrumar a cama todos os dias. Essa exigência devia
ser levada muito a sério. Certa vez. Oswaldo saiu do colégio no meio de uma
aula e correu para casa. Motivo: esquecera de arrumar a cama. No final de 1892,
terminou o curso de Medicina. No mesmo dia em que entregou sua tese — A
veiculação microbiana pelas águas —, assistiu a morte do pai, depois de longa
doença. A partir de então assumiu seu lugar na clínica e incorporou o Gonçalves
do sobrenome do pai, passando a assinar Oswaldo Gonçalves Cruz.
Casou-se logo depois, no
início de 1893, com Emília Fonseca, sua namoradinha de infância. O sogro, um
rico comerciante, lhe deu de presente de casamento o que Oswaldo mais queria:
um pequeno mas bem equipado laboratório, que montou no primeiro andar da casa
onde foi morar com a mulher. Teve seis filhos, dos quais três homens que
seguiram a carreira do pai. Um deles, Bento, chegou a trabalhar ao seu lado. Fascinado
pela Microbiologia Oswaldo gostava muito mais de estudar que de clinicar. E foi
para estudar que deixou o Brasil com a família em 1896, indo para Paris.
Ao assumir a direção da
Saúde Pública em março de 1903, para sanear o Rio de Janeiro, como queria o
presidente Rodrigues Alves, Oswaldo Cruz estava a par das pesquisas do médico
cubano Carlos Juan Finlay. Dois anos antes, Finlay conseguira provar que a
febre amarela, doença típica dos meses de verão, era transmitida pela picada de
um pernilongo — o Aedes Aegypti — que depositava larvas em poças de água
parada.
Assim, o único modo de
evitar a propagação da doença era exterminar esses focos, o que Finlay logo
tratou de fazer em Havana.
Com base na experiência cubana, Oswaldo Cruz sentiu-se encorajado
a prometer a Rodrigues Alves que em três anos erradicaria a febre amarela.
Enquanto isso, o engenheiro Pereira Passos começava a reurbanização da capital,
alargando ruas, demolindo casas, derrubando quiosques, toscas construções de
madeira e zinco onde se vendiam comidas e bebidas em condições de higiene
facilmente imagináveis.
Impaciente, Oswaldo Cruz
não esperou que o Congresso liberasse a verba que lhe permitiria contratar 1200
homens para auxiliá-lo no combate aos pernilongos. Começou o trabalho com os 85
homens da Saúde Pública — os famosos mata - mosquitos, com o emblema de uma
cruz nos bonés. Eles percorriam quintais, jardins, sótãos e porões, aplicando
inseticidas. Lacravam caixas-d'água, jogavam petróleo nos alagados e removiam
os doentes para os hospitais de isolamento. Era uma verdadeira revolução na
ainda provinciana cidade.
O povo, desinformado do
que se pretendia com todo esse barulho, a princípio achou graça. Mas os
comerciantes e proprietários de imóveis de aluguel, sentindo-se prejudicados
com as demolições, começaram a protestar. E nesse Rio de Janeiro do começo do
século, onde Machado de Assis escrevia Dom Casmurro e Euclides da Cunha
aprontava Os Sertões, a ignorância, tão disseminada como a falta de higiene,
fazia multiplicar os protestos. Pereira Passos e Oswaldo Cruz passaram a ser
alvejados diariamente na imprensa e pelos adversários do governo de Rodrigues
Alves. Entre estes, destacavam-se os positivistas.
O positivismo, concebido
pelo pensador francês Augusto Comte (1798 - 1857), afirmava que a experiência —
e não as idéias abstratas — devia dar a última palavra em ciência. Muito em
moda na Europa do século XIX, teve importância decisiva na formação dos
militares brasileiros que proclamaram a República em 1889.
Mas os positivistas que
hostilizavam Oswaldo Cruz eram outras cabeças: duvidavam que microorganismos
pudessem causar doenças como a varíola e passaram a contestar duramente as
medidas sanitárias impostas, como atentatórias à liberdade individual. A campanha
contra Oswaldo Cruz tomou conta da cidade. Houve quem impetrasse habeas corpus
contra as inspeções domiciliares dos mata-mosquitos. Rodrigues Alves chegou a
pedir a Oswaldo Cruz que fosse menos rígido, mas ele ameaçou se demitir. Diante
disso, o presidente lhe deu mão forte, convencido de que o jovem médico tinha
razão.
Os resultados não
tardariam a aparecer: o número de mortes causadas pela febre amarela no Rio
caiu de 584 em 1903 para 48 no ano seguinte. Em 1905, os óbitos voltaram a
aumentar, mas no começo de 1907 Oswaldo Cruz pôde anunciar que a epidemia de
febre amarela estava erradicado. Nesses quatro anos, Oswaldo também atacou a
peste bubônica e a varíola. A bordo de uma lancha especial aplicava-se gás
sulfuroso e vapores de fenol nos navios suspeitos; brigadas percorriam os
bairros mais pobres para exterminar os ratos. "Esses homens, que ganham
por mês uma bagatela", anunciou Oswaldo Cruz numa entrevista, "têm a
obrigação de trazer todos os dias cinco ratos cada um. Os que trouxerem a mais
serão pagos a 300 réis por cabeça."
Mais de 50 mil ratos
foram exterminados. Em abril de 1904,
a peste foi dada como extinta no Rio. Já a campanha
contra a varíola — doença causada por um vírus que se manifestava sobretudo no
inverno — foi até mais difícil que o combate à febre amarela. Explica-se: o
único remédio antivaríola era a vacinação obrigatória — e contra ela se
insurgiram os positivistas, a imprensa e a população. Enquanto o Congresso
debatia a obrigatoriedade ou não da vacina —descoberta pelo médico inglês
Edward Jenner (1749-1823), nada menos que 108 anos antes — cresciam os casos de
varíola maior e mais importante cidade brasileira: no segundo semestre de 1904 a doença matava em
média 130 pessoas por semana.
As crendices usadas como
argumentos contra a vacina eram muitas: dizia-se que o remédio não funcionava e
ainda por cima transmitia sífilis e tuberculose. Apelava-se também para a moral
e os bons costumes: numa época em que as mulheres nem sequer mostravam os
tornozelos, com seus vestidos longos e saiotes por baixo, onde já se viu
vacinar senhoras e senhoritas na coxa? Caricaturas mostravam Oswaldo Cruz como
um sedutor barato que perseguia as mocinhas, tentando vaciná-las com segundas
intenções. Nesse clima explodiu a Revolta da Vacina apoiada pelos cadetes da
Escola Militar. Para controlar a agitação, o governo voltou atrás e revogou a
obrigatoriedade da vacina, aprovada pelo Congresso em outubro de 1904. A varíola só
desapareceria do Brasil oficialmente em 1971.
De todo modo, o Rio era
outra cidade depois de Rodrigues Alves: nas largas avenidas de calçamento de
macadame já circulavam automóveis — a mais nova conquista da tecnologia: em
1908, cafés ao estilo europeu com mesinhas na calçada se espalhavam pela
avenida Central (atual Rio Branco). O trabalho de saneamento foi reconhecido
internacionalmente em 1907, quando
Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro
da Exposição Internacional de Higiene, em Berlim.
Três anos depois,
embora com a saúde abalada em conseqüência de sérias lesões renais, passou
oitenta dias na Amazônia, para tentar diminuir os casos de malária, transmitida
pela picada de um mosquito, que dizimava os trabalhadores da construção da
Estrada de Ferro Madeira—Mamoré.
Depois foi a Belém
combater a febre amarela — dessa vez com o apoio do povo. Em 1915, como sua
saúde piorasse, Oswaldo decidiu mudar-se para Petrópolis, onde passava os dias a cultivar flores. Ele plantou ali
as primeiras hortênsias, No ano seguinte foi nomeado prefeito da cidade, mas
por não se envolver com nenhum dos partidos políticos rivais tornou-se de novo
alvo de intensa campanha de difamação. A 11
de fevereiro de 1917, com fortes
crises renais complicadas por problemas respiratórios, Oswaldo Cruz morreu aos
44 anos. Estavam a seu lado a
família e os amigos fiéis Carlos Chagas, pesquisador e discípulo, e Sales
Guerra — o mesmo que havia indicado seu nome ao ministro J.J. Seabra para
comandar a reforma sanitária do Rio de Janeiro.
Para saber mais:
Da peste à AIDS
Da semente plantada por
Oswaldo Cruz ergueu-se uma duradoura instituição de investigação científica.
Nas nove unidades da Fundação que leva seu nome, atualmente 300 pesquisadores
tratam de aprofundar os conhecimentos sobre as doenças infecciosas e
parasitárias que afligem a população. Ali se produzem vacinas contra sarampo,
febre amarela, meningite (tipo A e C), cólera, febre tifóide e pálio. Ali
também se faz a análise e o controle de qualidade de remédios e alimentos.
Funciona ainda na Fundação, conhecida como Fiocruz, um hospital especializado
em doenças infecciosas. Como toda instituição de pesquisa no Brasil que depende
do governo, a Fiocruz passa volta e meia por períodos de penúria.
Nada comparável porém ao
Massacre de Manguinhos — a perseguição de que foram vítimas os seus cientistas
no governo Médici (1969-1974). Muitos tiveram cassados seus direitos políticos,
perderam o emprego e foram obrigados a deixar o país. Só muito recentemente, a
Fiocruz recuperou as condições de trabalho anteriores ao massacre. Da
descoberta do Trypanosoma cruzi por Carlos Chagas, em 1909, à cura da
leishmaniose, em 1913, e à fabricação de kits para diagnóstico de AIDS, a
partir de 1987, Manguinhos coleciona um rol de realizações à altura da
dedicação do seu fundador.
Três dias de guerra
Entre 11 e 14 de
novembro de 1904, o Rio de Janeiro transformou-se em praça de guerra. Era a
rebelião popular contra a vacinação antivariólica obrigatória. A população
montou barricadas para enfrentar os vacinadores e os soldados, agredidos com
latas e pedras. O quebra-quebra dominou o centro da cidade e o governo perdeu o
controle da situação. Arandelas de gás partidas, postes de iluminação vergados,
fragmentos de vidro por toda parte, paralelepípedos arrancados, bondes virados
e incendiados, 700 presos, 65 feridos e 20 mortos — esse foi o saldo do
protesto, conhecido como a Revolta da Vacina. Na noite do dia 14, quando tudo
parecia enfim ter se acalmado, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha,
sob o comando do general Silvestre Travassos, amotinaram-se em apoio à
população.
Nessa mesma noite, a
casa de Oswaldo Cruz, na rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, foi apedrejada
e contra ela vários tiros foram disparados. A revolta na Escola Militar foi
rapidamente controlada pelas tropas governistas, e o general Travassos, morto.
Na verdade, a lei da vacina foi a gota de água na maré de insatisfação popular
contra a carestia, os problemas da urbanização a toque de caixa e o desemprego.
Quatro anos depois, uma epidemia de varíola mataria 6 400 cariocas, quase duas
vezes mais do que em 1904. Ao longo deste século, muitas vezes faltou quem
cuidasse da saúde pública no Brasil com a mesma garra de Oswaldo Cruz.
Resultado: 71 anos após a sua morte, "não conseguimos ainda acabar com o
mal da Chagas, a malária, o tétano e a paralisia infantil", constata o
sanitarista Sérgio Arouca, presidente da Fundação Oswaldo Cruz. "Faltam
investimentos na área social e a saúde pública nunca foi considerada
prioritária."
Não é fácil para o servo de deus posicionar-se do lado de cristo,
viver uma vida pura e lutar para que este mundo seja liberto da imundície do
pecado. Sempre sofreremos perseguições por mantermos este elevado padrão. Mas
cristo estará ao nosso lado. Você está disposto a unir-se a Ele a fim de
eliminar o mal do Universo para sempre?
FONTE- SUPERINTERESSANTE, NOVEMBRO DE 1988.
MARCELO CARVALHO 10/12/98.
Comentários
Postar um comentário
Acesse Cantanhede News - faça seu comentário, lembramos que não publicamos comentários de anônimos.